Refletindo sobre a Revista Veja
Olá, pessoal! Tudo bem? Eu queria ter vindo escrever sobre isso antes, mas não consegui pela correria, como sempre rsrs Amanhã os meninos retomam a rotina da escola e eu ainda tenho muitas coisas para preparar para o retorno do Matheus, mas vai dar certo!
Bem, eu li a matéria sobre o autismo, publicada pela Revista Veja. Vi muitas reclamações de que não tem nenhuma novidade, nenhuma informação nova e também vi reclamações de que só se retratam crianças autistas e não adolescentes nem adultos, como se essas crianças não fossem crescer nunca ou se como não existissem adultos autistas.
Vamos a MINHA opinião:
Primeiro: ninguém é obrigado a concordar comigo. Eu não tenho a verdade absoluta (graças a Deus!) e cada um tem seu modo de pensar, cada um tem sua opinião, sua vivência e acho ótimo que seja assim!
O autismo, TEA ou Asperger, como queiram chamar, está ganhando mais visibilidade na mídia e particularmente, eu acho muito bom, pois isso acaba despertando a visibilidade social e isso pode trazer maior entendimento e empatia com as pessoas autistas e as respectivas famílias. A repórter que produziu a matéria disse que todas as famílias ganharam a admiração e o respeito dela, por ela ter entendido a complexidade dos tratamentos, da convivência e da grande interrogação que o autismo ainda traz, pois ainda não tem causa exata descoberta.
Uma informação que foi nova para mim, foi que o cérebro do autista é cerca de 10% maior do que as pessoas de desenvolvimento típico, pois numa explicação rápida, na formação cerebral do feto, se formam várias conexões mas conforme o bebê vai se desenvolvendo, essas conexões vão se refazendo e muitas acabam se perdendo por não ter função, mas no cérebro autista, essas conexões não são desfeitas e por isso o cérebro se torna de tamanho um pouco maior, mas essas conexões continuam sem função. Espero ter conseguido explicar, mesmo sendo meio redundante rsrs
Creio que o autismo seja abordado sempre com imagens de crianças, pois é na infância que os tratamentos devem começar, o quanto antes possível, para essa criança poder desenvolver suas potencialidades e ter uma rotina normal para as suas capacidades. Por isso se ouve tanto que "seu filho não parece autista!": pois o autismo não tem rosto nem forma física, já disse isso várias vezes e direi sempre! E com tratamento adequado, grande parte poderá sim, ter uma vida normal, estudando, trabalhando e até se casando e formando família. Claro que tudo depende do grau de comprometimento desse autista, não dá para generalizar nada, jamais.
Na matéria se diz que no Brasil, não há nenhum estudo com autistas adultos para saber quantos estão inseridos no mercado de trabalho e qual sua produtividade, coisa que em outros países se faz muito. Mas a rede pública no Brasil também tem tratamento bem deficiente para os autistas, além de toda a burocracia e demora que sabemos que existe em todos os campos, né?
O que ficou para mim: realmente a matéria não traz nenhuma indicação de nada diferente, no campo de pesquisa sobre as causas do autismo e também não sugere nenhum tipo de tratamento (penso que cada caso é um caso e cada um vai precisar de um atendimento específico), mas a veiculação aparece em uma sociedade muito carente de informação, diria até ignorante e a matéria pode ajudar a ampliar o interesse de pessoas, instituições, escolas, profissionais e afins, para que toda a população autista possa ter acesso a mais tratamentos adequados para o seu desenvolvimento e também poderem ser tratados como pessoas normais e comuns que são, assim como suas famílias!
O autista está no mundo de uma forma diferente, e quem disse que ser diferente é ruim? ;)