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Fim de férias... E com viagem!

Parecia que as férias não iam chegar nunca, mas num piscar de olhos elas já acabaram! Será que eu dormi esse tempo todo? Hahaha!


Passamos este último fim de semana num hotel fazenda que amamos e que eu frequento desde que estava na barriga da minha mãe rsrs Levamos o Matheus pela primeira vez quando ele tinha acabado de completar um aninho e ele sempre amou a piscina!


Vim escrever não sobre a viagem propriamente dita, mas sobre sair com meu filho autista de casa e para bem longe de casa! Fiquei pensando em quantas pessoas acabam se fechando dentro de casa, levando uma vida reclusa e só entre idas e vindas de terapeutas consultas e afins. Entendo que o autismo seja uma condição ainda incompreendida, pois não existe nada que comprove fisicamente que a criança seja autista e imagino como isso deve ser ainda mais difícil para os adultos. Eu sempre digo a mesma coisa: o autismo não tem rosto como a Síndrome de Down, que possui características físicas bem distintas, onde qualquer pessoa olha e identifica a síndrome. Uma pessoa que tenha algum membro amputado, também é fácil de ser identificada. Mas o autismo sofre preconceito assim como pessoas a partir dos 60 anos e que não aparentam ter essa idade, mas possuem direitos garantidos por lei. Já soube de casos de pessoas que por não aparentarem ter 60 anos, foram impedidas de estacionar o carro em vagas próprias e garantidas por lei. Um absurdo!


Eu nunca quis esconder o Matheus do mundo, sempre saí com ele pra todos os lugares, mas claro, respeitando o fato dele ser uma criança e que nem todos os lugares são apropriados pra crianças, e não pelo fato dele ser autista. Aliás, lugar de autista é onde ele quiser!! O sol brilha para todos, o mundo existe para todos, porém cada um vive de acordo com a sua individualidade, independente de cor, raça, sexo, religião, padrão ou o que quer que seja. Cada ser é único, e dentro do espectro não é diferente. Meu filho tem muita dificuldade na comunicação verbal, mas você que me lê, pode ter um filho que fale extremamente bem e tenha dificuldade em outro aspecto do desenvolvimento. Então quando dizemos que devemos respeitar as limitações deles, penso que primeiro temos de pensar se a limitação é mesmo deles ou é nossa! Nunca esqueci da fala da nossa antiga psicóloga, que disse que o preconceito começa dentro de casa. E penso em mim mesma, quando o Matheus era menor e eu me perguntava sempre se ele realmente entendia o que a gente falava, e cada vez que eu pensava isso, ele me dava mais provas de que eu estava errada. E que bom que eu estava errada!


Tudo dentro do espectro funciona no esquema "tentativa e erro". Não temos como saber se algo vai funcionar se a gente não testar. Esse teste pode dar certo de primeira, mas também pode requerer várias outras tentativas. E que a nossa terapeuta não me leia agora, porque no método ABA que estamos aplicando, não existe erro. o ABA antecipa tudo para a criança não errar e não gerar frustração e também oferece recompensa ou reforço positivo. Em outro tópico posso falar mais sobre isso. Então para saber se o Matheus vai se adaptar em alguma atividade ou local, só fazendo ou indo mesmo, e creio que deva ser assim com a maioria das crianças. Tem coisas que já sabemos que não dão certo, mas coisas novas, temos de testar antes de julgar que não vai funcionar. Ele se incomoda em lugares muito cheios, com muita luz e barulhentos, mas se é um lugar que ele gosta, ele parece que não está nem ouvindo, como festas em buffet, jogar boliche com som e luz altos, ou na piscina do hotel em que estávamos.


Eu quero é mais que meu filho possa conhecer tudo o que ele quiser e o que eu puder proporcionar para ele. Quero que ele tenha uma vida normal dentro das possibilidades dele, dentro dos limites dele e isso é ele quem vai demonstrar. Eu, como mãe, só posso fazer o meu melhor e oferecer todas as condições para que ele possa se desenvolver, criar asas e viver o mundo! Ele tem o melhor prognóstico, mas não estou muito preocupada se ele vai precisar viver comigo para sempre ou se ele vai ter um futuro independente, se vai poder formar uma família. Confesso que já pensei nisso, mas hoje não me preocupo mais. Vivo o presente, visando o melhor para ele e torcendo para o melhor para ele! E sei que o futuro dele será brilhante!








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